Carreira

Servidor público: conheça as vantagens de fazer uma pós-graduação

Já discutimos em outros posts que o mito do servidor público estagnado ficou para trás. Atualmente, com o crescente número de profissionais de alta qualificação tomando posse nos cargos públicos em todas as esferas da Administração, os novos planos de carreira e projetos de incentivo à capacitação aprovados, além dos novos dirigentes renovando os métodos de gestão, aprimorar-se na carreira pública deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade.

As vantagens de fazer uma pós-graduação são imensas para quem deseja sucesso na carreira pública e é sobre isso que falaremos hoje. Na verdade, vamos apresentar 6 razões que mostram por que é urgente que você, servidor público, corra atrás de um certificado de especialização. Vale a pena conferir!

1. Aumentar sua remuneração mensal

Ganhar mais é uma das melhores vantagens de fazer uma pós-graduação — e não estamos falando de gratificações (benefício que será abordado no item 3). O que ocorre é que a maioria das carreiras possui um Plano de Cargos e Salários (PCS) com tabelas de progressão na carreira (condicionada à realização de cursos de qualificação profissional), bem como previsão de acréscimos adicionais para quem tem pós-graduação.

Na Câmara dos Deputados, por exemplo, quem possui o máximo de formações acadêmicas contempladas no plano de incentivo à qualificação profissional (Lei nº 12.256/2010) pode engordar seus vencimentos em até 39% em relação a um servidor que só possui uma única graduação. Para quem tem 2 especializações, por exemplo, o acréscimo salarial fica na casa dos 9%.

No Judiciário Federal e no Ministério Público, a Lei nº 11.416/2006 prevê acréscimo de 7,5% nos vencimentos de quem possui uma pós-graduação. Partindo da constatação que os vencimentos de muitos servidores desses dois Poderes se encontram na casa dos 2 dígitos, perceba que esse percentual pode ser bem interessante.

2. Fortalecer o valor de sua aposentadoria

Vantagem válida sobretudo para quem já ocupa um cargo público e ingressou antes de fevereiro 2013 (data em que entrou em vigor a Lei nº 12.618/ 2012, que limita o benefício previdenciário dos servidores ao teto do Regime Geral de Previdência). Isso porque os funcionários que entraram exercício antes dessa data se aposentam com os mesmos vencimentos de sua remuneração quando em atividade (ingressantes até 2003) ou com o valor da média das 80% maiores contribuições (caso de quem entrou depois de 2003).

Nesse cenário, adicionais como o de qualificação (decorrentes da conclusão de uma pós-graduação lato sensu, mestrado ou doutorado) são incorporados nos vencimentos para fins de cálculo do valor do benefício previdenciário. Ou seja, ter uma pós, na maioria das carreiras, significa incorporar um acréscimo pecuniário que vai repercutir bastante no valor da aposentadoria. A sede de qualificar-se permanentemente é também um investimento financeiro para o futuro!

3. Aprimorar sua expertise profissional

A finalidade suprema de ocupar um cargo público é servir aos cidadãos, provendo serviços públicos ágeis, eficientes, de bom atendimento e que supram as necessidades da população.

Para alcançar esse tão sonhado nível de excelência em Administração Pública, é imprescindível que seus servidores possuam alta qualificação, o que condecora à missão de estar sempre em aprimoramento também uma razão “nobre” e que se reflete em toda a sociedade. Mais uma das vantagens de fazer uma pós-graduação!

4. Ter oportunidade de ser nomeado para cargos de chefia, direção ou coordenação

A relação entre formação acadêmica e hierarquia funcional é estudada há décadas no mercado. E a conexão entre esses dois fatores é inegável até mesmo na iniciativa privada: um estudo feito em 2014 pela empresa de recrutamento Produtive revelou, em uma pesquisa com 400 executivos, que apenas 23% deles possuíam apenas uma graduação. Quase 70% tinham uma ou mais pós-graduações e 9% eram mestres ou doutores. Definitivamente, não vale a pena se acomodar.

No setor público, não há pesquisas formais sobre o tema, mas quem conhece bem a área sabe que o perfil dos gestores vem mudando muito nos últimos anos. Antes destinados apenas ao apadrinhamento ou usados apenas como moeda de troca em uma administração irresponsável, de cunho patrimonialista, os cargos de confiança passaram, nos últimos anos, a ser ocupados por profissionais de alta qualificação, com experiência em gestão pública e formação acadêmica invejável. E trata-se de um caminho sem volta.

Já não é mais tão incomum encontrar entre os diretores de departamentos, coordenadores de núcleos ou assessores de ministros ou desembargadores, perfis jovens, de profissionais com mais de uma graduação, especialização e até mestrado no exterior.

5. Ter mais oportunidades de receber FCs (funções de confiança) ou DAS (Direção e Assessoramento Superior)

Acha que não faz diferença? Uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que, de forma geral, profissionais com pós-graduação ganham, em média, 66% a mais do que seus colegas de profissão que só possuem o bacharelado.

No setor público, as diferenças salariais também existem, especialmente porque a concorrência interna vem aumentando ano a ano, bem como porque o percentual de servidores com graduação já é elevado (52%).

Dessa forma, para se destacar e ter acesso às melhores oportunidades (como ser nomeado para recebimento de funções comissionadas), é preciso ter qualificação, o que inclui ter, no mínimo, uma pós-graduação de excelência, que o auxilie no desempenho de suas atribuições diárias.

Vale lembrar, a título de curiosidade, que na Justiça Federal, por exemplo, as funções comissionadas mais altas chegam a mais de R$ 3 mil. Já os cargos em comissão podem dar elasticidade à sua remuneração, com o acréscimo de impressionantes R$ 9.495,03 (caso de uma CJ4).

E aí, vale ou não vale a pena estar em processo constante de capacitação profissional?

6. Preparar-se antecipadamente para novos concursos

Os concursos públicos da área jurídica (Procuradoria, Defensoria Pública, magistratura, além dos concursos para analista dos tribunais), bem como da área fiscal (Auditor-Fiscal da Receita, Fiscal do ICMS, do Trabalho, Analista do Banco Central, etc.) são alguns dos mais disputados do país, sendo que boa parte de seu conteúdo envolve conhecimento jurídico e econômico avançado. Que tal fazer uma pós-graduação em uma dessas áreas, já com o intuito de iniciar sua preparação para os próximos certames da área?

Aprofundar seus conhecimentos em disciplinas recorrentes nos melhores concursos é uma das grandes vantagens de fazer uma pós-graduação. Trata-se de uma oportunidade de ouro de ampliar sua formação acadêmica, aumentar seus vencimentos, fortalecer as possibilidades de receber gratificações, além do benefício de já sair na frente na preparação para mudar de carreira. Boa ideia, não?

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